Ao som de Homem Aranha, Jorge Vercilo.
Sinceramente... eu gostaria de ser implacável. Invencível. Irresistível. Risos...
Nossa! Como é difícil conquistar uma pessoa. Eu supunha que era mais fácil. Ingenuamente pensava que era apenas conversar. Trocar telefones. Mas não é bem assim que a banda toca.
O que é paixão a primeira vista. Não, não é o que eu sinto. É apenas um trecho da música que ouço agora. Mas, certamente creio que passear pelo abstrato é bem mais doído que pelo concreto. E digo mais, não adianta policiar-se.
O policiar-se que eu me refiro, é aquela pessoa que diz que não vai mais sentir nada por ninguém. Fico boquiaberto ao ver que ela não consegue. Coitada, é uma pena!
O sim e o não são palavras muito vivas na nossa, mais uma vez citada, existência. Ligar e não ligar. Procurar e não procurar. Falar e não falar. Sentir e não sentir (para isso não temos muito êxito no controle). Abraçar e não abraçar. Beijar e não beijar...
Olha... descobri que a pior coisa que existe é tentar dormir quando não se tem sono. A gente lembra, e pensa, e reflete, e se submete... Às vezes a gente tá em casa e dá uma vontade louca de sair. Às vezes dá uma vontade louca de tentar entender o porquê de ter saído. E questiona-se o porquê de ter surgido, acontecido, cedido, fluído.
Aí a gente para e pensa: “Nossa, como eu sou um besta. Não é nada disso. Estou fantasiando. Cai na real. Deixa de ser bobo”. E a gente olha no espelho, e passam trezentos mil filmes na sua mente. Os de Hollywood, da França, da Alemanha e até um filosófico neerlandês que assisti. Mas no fundo no fundo você só precisa de uma coisa.
A gente fantasia muito e isso é um erro. É um erro? Não sei. Mas se for, é um erro que conforta. Quisera eu possuir tudo o que desejasse. Não seria bom. Não! Quero conquistar tudo e não ganhar tudo.
Mas o pior de tudo é quando a gente tem uma coisa, e não sabe o que fazer com essa coisa.
Gente, para que eu escrevo tudo isso? Risos... Até agora não sei. “É tudo tão incerto” disse Clarice e “A incerteza é a certeza do ser humano” acrescento eu. Estou feito um louco unindo frases e/ou parágrafos sem sentidos para formar algo que, no fundo, faça algum sentido para mim. E faz. Eu sei. Eu sinto o que sei. E sei o que sinto. Só não controlo. Nem o que sei nem o que sinto.
A vida é uma constante contradição. Fico completamente maravilhado com isso. Mesmo eu detestando com todas as minhas forças todas as espécies dos aracnídeos possíveis e imagináveis chamados de aranhas, eu daria tudo para ter uma teia agora. Risos...
Eu quero a teia. Assim mesmo, artigo definido, por favor.
E no fundo no fundo, bem lá no fundo mesmo, um doce, sonoro e suave “eu também” faria toda a diferença. Ah! Futuro do Pretérito, você existe. Mas eu te supero!
"Eu adoro andar no abismo
Numa noite viril de perseguição
Saltando entre os edifícios
Vi você!..."
"Eu tenho uma ideia:
Você na minha teia..."
(Jorge Vercilo)
Por mais estranho e irônico que isso possa soar, estou na torcida para que o "eu também" seja breve e verdadeiro, de verdade.
ResponderExcluirForte abraço.
Adorei... Isso acontece o tempo todo c a gente!
ResponderExcluirEu me identifiquei...rsrsrs
Ai, ai os anseios do ser humano...
Bjs! Keli