sexta-feira, 11 de junho de 2010

A vida é uma matemática

Por que?

Já parou pra pensar quando uma coisa não dá certo? Quando falamos: "Meu Deus, o que aconteceu? O que eu fiz de errado? O que não deu certo?"
Risos... É bastante óbvil essa associação, mas antes de pensar nela, nunca parei pra conversar sobre com ninguém.

Bom, aulas de matemática. Como se faz pra resolver uma expressão, uma equação ou um sistema na escola, ou melhor, num pré vestibular?

Nos são passadas trilhões de maneiras diferentes. A mais eficaz, a mais rápida, a mais fácil (pois nem sempre a mais rápida é a mais fácil), a mais difícil, a mais ou menos... De forma com que o aluno vá pelo caminho que mais lhe apraz, que mais dê segurança.
Até aí tudo bem. Mas matemática requer atenção, muita atenção. No meio de uma resolução, deparamo-nos com os pavorosos sinais, o que mais nos fazem errar. E o que fazer?

Quando não detectamos o erro, para que seja reparado, continuamos a resolução, sem perceber, até chegar ao fim. Terminado, o exercício, a prova ou o que quer que seja, será corrigido. Rigorosamente!
Se erramos algo, o que acontece? Não atingimos o objetivo. Erramos.

Assim me parece a vida. Não que ela seja algo linear, que tenha começo, meio e fim (como um exercício qualquer de matemática, ou como um filme). Mas partindo do pressuposto de que ela seja circular, e também que existam linearidades dentro dela.

Uma situação qualquer, que possa servir como exemplo, seria um relacionamento.
Quando nos apaixonamos, como diz Shakespeare: "Entramos num estado de demência temporária." Acredito que nesse estado, não temos um discernimento muito bom, para que possamos levar um relacionamento a frente sem falhas. Por que? Explico.

No nosso estado de demência não conseguimos enxergar o que temos que enxergar. Nós vemos, até olhamos, mas não enxergamos. Manias, costumes, orgulhos, personalidades, verdades.

Temos aquela necessidade de viver intensamente o momento, e não construir, não pensar. Tomamos como frase o trecho de uma música da Pitty - "não deixe nada pra depois, não deixe o tempo passar. Não deixe nada pra semana que vem, porque semana que vem, pode nem chegar." - e quando éramos pra nos deparar com os pavorosos "sinais", aqueles que mais nos fazem errar na matemática, passamos despercebidos.

Quando o tempo passa, e chegamos ao fim do relacionamento, daquele de dois, três, quatro meses, de até mesmo 1 ano, não sabemos o porquê, e em alguns casos, não nos conformamos.
A vida tem muitos detalhes. Mas tá todo mundo passando por eles despercebido.
Precisamos prestar mais atenção naquilo que fazemos, não acham?

Este é só um exemplo, mas a VIDA, ela é uma matemática!

2 comentários:

  1. A vida pra mim está mais pra física quântica. Matemática é muita "precisa", mas "viver não é preciso" =p

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  2. Belo texto, nobre colega! É preciso estar atento sim. Mas não podemos esquecer do que Platão diz no diálogo Fedro: "os maiores bens vêm-nos através da loucura" (244a).

    Obrigado pelo comentário no meu blog. Grande abraço e bons estudos!

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